2/10/2007

Agora

Agora, neste preciso momento.
Cá dentro,
A querer sair cá para fora.

Seria agora
E em mais nenhum tempo.
Em mais nenhuma hora poderia ser dito.

… Amanhã já nem me lembro…
Porque quero esquecer este momento de lucidez.
Não quero pensar nele,
Quero embrulhá-lo e guardá-lo naquela gaveta,
A das coisas passadas, a das coisas resolvidas…

Como defender uma equação
Quando não há lógica?
Porque me engano?
Porque espero por amanhã,
Para me lembrar de hoje?
Porque resisto ao ímpeto?


O que há, de facto,
a perder?

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