3/17/2007

ELA


Quando viajo até à minha infância, recordo aqueles momentos que fui elegendo como “ os meus favoritos”. Apesar da má memória, recordo certos episódios que, por algum motivo, persistem em me acompanhar. Todos eles bons, felizmente. Quando viajo além desses momentos de infância e me dedico à memória do que me fez pessoa, recordo muitos momentos, recordo muitas pessoas, a minha visão delas, algumas já não presentes, o que me angustia de certa forma, outras ainda presentes. Sendo que as mais importantes são a minha mãe e a minha irmã. Mãe é mãe e acerca disso não há discussão. Irmãos já é outra história…Tenho plena consciência que sou abençoada na relação que tenho com a minha irmã. Não tanto por mim, por existir essa relação, mas por ELA existir. Recordo com toda a clareza a gravidez da minha mãe. Recordo com uma precisão -quase improvável - o dia do seu nascimento, a alegria que senti, o êxtase de saber que ELA era, que ELA existia, o êxtase de A ver, de A tocar, de A adormecer, como se de um nenuco se tratasse, mas verdadeiro… de carne e osso. O amor incondicional, sem esperar nada em troca, dado porque sim, sem razões nem expectativas. O amor no seu melhor. Fraternal, metafísico, chamem-lhe o que quiserem. Para mim, é o suficiente, o mais importante, o mais genuíno de todos os amores que já vivi.
AMO-TE para todo o sempre
(eoquemaisexistirfififufu)

2 comentários:

Anónimo disse...

looovvveee u2, pequerricha!!!

ana disse...

E é linda de morrer!!!!!
Beijos para as duas